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Jaguar: um legado de elegância e sofisticação

Texto feito para o blog da loja de carros Alamo Motors, de Belo Horizonte, em 2019.
Jaguar: um legado de elegância e sofisticação
No mês de setembro é comemorado o aniversário da Jaguar Cars que, em 2019, faz 97 anos.
Fabricante de carros de luxo, sinônimo de sofisticação e elegância, a empresa foi fundada em 1922 por William Lyons e William Walmsley, com o nome Swallow Sidecar Company e tornando-se SS Cars em 1935.

O nome SS Cars estava em todos os modelos da marca até a Segunda Guerra Mundial, em 1945. Depois disso, ela foi rebatizada por conta da possível ligação da sigla com a organização ligada ao partido nazista, a SS.

O seu primeiro modelo produzido foi lançado em 1935 e nomeado como SS1. Originalmente, a fábrica ficava em Blackpool e depois foi transferida para Coventry (ambas inglesas), em 1928, com intenção de ficar no coração de onde se concentram várias empresas do setor automobilístico inglês.

Atualmente, os carros da Jaguar são produzidos em Birmingham e Liverpool, ainda na Inglaterra.

Confira abaixo alguns dos modelos mais icônicos da marca:

SS1 (1932 – 1936)
O primeiro veículo da Jaguar, ainda com o nome de Swallow Sidecar Company, foi apresentado no Salão do Automóvel de Londres, em 1931.

O modelo original, sem as futuras modificações, tinha 4,72 metros de comprimento, 1,61 metros de largura e pesada 1043kg. Com a carroceria extremamente baixa e um capô comprido, o modelo parecia um veículo caro, de luxo, segundo a imprensa.

Seu preço, porém, era acessível (310 libras) e isso demonstrou a capacidade de seu criador de relacionar custo-benefício com uma aparência elegante e sofisticada. O chassi foi fabricado pela Standard Motor Company, contratada por William Lyons na época.

O motor era de seis cilindros e 2,15 litros, sua velocidade máxima do modelo era de 121 km/h, mostrando como sua notoriedade era pelo estilo e baixo custo, não desempenho. Em 1933, foi lançada sua versão Tourer, a primeira descapotável da gama. O modelo foi o primeiro a participar de um evento desportivo, o Alpine Trial.
Versão Tourer do SS1
A versão quatro portas, que ficou conhecida como “Saloon Four Light” (fazendo alusão às quatro janelas que agora possuía), era menos arrojada e mais prática. Neste ano também, um dos fundadores, William Walmsley, saiu da empresa por ter perdido o interesse pelo projeto.​​​​​​​
Jaguar ss100 (1936 – 1940)
Nesta época, Jaguar ainda não era o nome da marca, mas, com as mudanças começando, viu-se a necessidade de criar uma nova marca. Portanto, a partir desse modelo, todos os novos veículos levariam o nome Jaguar.

William Lyons desenhou uma nova carroceria, ainda mantendo o estilo sofisticado dos anteriores, mas menos elaborada. O novo Jaguar SS100 seria o seu representante entre os roadsters.

A característica de ser um carro mais acessível prosseguiu. No evento de lançamento, em Londres, Lyons desafiou os convidados a tentarem adivinhar o preço do seu novo veículo. Os chutes giraram em torno de 632 libras, mas seu preço, na verdade, seria de 395 libras.

E também um novo motor de 2,7 litros modificado para 104 cavalos, elevava a velocidade máxima a 161 km/h ou 100 milhas por hora, de onde veio a inspiração para seu nome.

Com câmbio manual de quatro marchas e tração traseira, suas dimensões eram de 3,98 metros de comprimento, com uma distância entre eixos de 2,64 metros e peso em torno de 1.180 kg.
Em 1937 foi apresentada uma linha com motor 3,5 litros e uma potência elevada a 125 cavalos, permitindo o roadster acelerar de 0 a 100 km/h em 10,5 segundos e alcançar uma velocidade máxima de 170 km/h, números incríveis para a época.
Jaguar XK120 (1948 – 1954)
O modelo foi apresentado no formato roadster em 1948, no Salão de Automóveis de Londres com um carro teste para o novo motor Jaguar XK. Foi o primeiro modelo trazendo a nova nomenclatura da empresa, Jaguar Cars.

A principal inovação neste período ficou por conta de um novo sistema de suspensão dianteira independente. Mas, além disso, o XK120 representou um grande avanço em estilo e desempenho aos esportivos da marca.

Equipado com um motor de 3.4 litros e seis cilindros, além de um comando duplo de válvulas sobre o cabeçote, o novo roadster trazia a potência de 160 cavalos, garantindo uma velocidade máxima de 196 km/h (120 mph, que inspirou sua nomenclatura), o que o tornou o carro mais rápido do mundo no momento do seu lançamento.

Em 1951 o XK120 ficou disponível em três estilos diferentes de carroceria: o conhecido roadster, um Fixed Head Coupé, em 1951, e, finalmente, como um Drophead coupé, em 1953.
Devido ao seu desempenho, foi notada uma grande capacidade do modelo para as pistas. Mas ele precisava ser adaptado exclusivamente para a competição, daí surgiu o XK120C, mais conhecido como C-Type.

O modelo feito para as pistas, utilizava o mesmo motor XK120, mas com algumas modificações para otimização de aerodinâmica, como a redução do peso, maiores válvulas de escape e carburadores.

Esse novo conjunto garantiu a Jaguar suas primeiras grandes vitórias nas 24 horas de Le Mans, em 1951 e 1953.

D-Type (1954 – 1957)
O D-Type foi projetado especialmente para vencer a corrida de 24 horas em Le mans.
Seu motor começou em 3,4 litros e depois ampliado para 3,7 litros, em 1957 e, apesar de compartilhar vários componentes mecânicos com o C-Type, como a suspensão dianteira e traseira, os freios a disco e o motor XK.

Mas o novo modelo trouxe uma estrutura completamente modificada. Ele representava inovação, principalmente por sua construção em monobloco e à sua eficiência aerodinâmica, que eram integradas a tecnologia aeronáutica em um carro de corrida esportiva.

Em 1955, os D-Type foram revistos e sofreram algumas alterações, após algumas frustrações nas pistas de corrida. A nova carroceria dispunha de um formato “longnose”, para a melhora da aerodinâmica. Uma nova cabeça de cilindros também foi colocada, com válvulas maiores. Isso resultou em um aumento de potência para 275 cavalos (antes tinha 210 cavalos).
Mark II (1959 – 1967)
Saindo um pouco do foco dos modelos menos esportivos, a Jaguar passou a produzir o Mark II no final de 1959.

O Mark II era uma geração melhorada do I, sendo mais confortável, mais estável, com janelas mais amplas, nova suspensão traseira e motor mais potente. Ele vinha com versões já conhecidas de 2,4 litros (120 cavalos), 3,4 litros (210 cavalos), mas também ganhou uma versão com o novo motor de 3,8 litros, possibilitando uma potência de 220 cavalos.

Em setembro de 1967, os Mark II de 2,4 e 3,4 litros foram renomeados como 240 e 340, respectivamente, para se alinharem com a nova nomenclatura de modelos que foi introduzida pela marca no final do mesmo ano.

Assim, o modelo de 3,8 foi descontinuado, logo depois o 340 também, com a introdução do XJ6. O 240 continuou em produção até o começo de 1969.
E-Type (1961 – 1975)
Anunciado em Genebra, em 1961, o E-Type tinha a perfeita combinação de desempenho, estilo e preço competitivo. Apesar de ter direcionado seu foco para modelos menos esportivos, a Jaguar não queria deixar sua origem de lado.

Ele foi primeiramente apresentado ao público em três versões: Grand Tourer com tração traseira, um Coupé de dois lugares (Fixed Head Coupé) e roadster conversível de dois lugares (Open Two Seater), tendo também uma versão de quatro lugares, coupé, lançada um tempo depois.

O modelo podia atingir os 240 km/h e ultrapassar os 100 km/h em apenas 7 segundos, além de ter um design que foi considerado por muitos um dos melhores da década de 60.
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